Vale a pena fazer cozinhas planejadas? Se vale! Entenda aqui o que é realmente uma cozinha planejada, sua importância e, de quebra, algumas dicas para reduzir seu custo sem perder charme nem funcionalidade.
Antes de ser “o coração da casa”, a cozinha é uma área de produção. Por isso ela não pode se dar ao luxo de ser apenas bonita e aconchegante: também precisa ser funcional e segura!
Eis a importância de um bom projeto de cozinha planejada: aborda com a mesma atenção a estética e a segurança, a harmonia de cores e a iluminação, o aconchego e a funcionalidade!
A diferença que faz dar esse nome de “planejada” é principalmente que a mobília não é solta como nos demais ambientes da casa. Os móveis das cozinhas planejadas:
- são fixos
- aproveitam ao máximo o espaço disponível
- não deixam frestas nem cantinhos de difícil acesso, facilitando a limpeza
- são arranjados de forma a facilitar as tarefas da cozinha como preparar ingredientes, cozer, assar ou fritar, lavar utensílios etc.
Com isso evitam-se situações de risco como por exemplo:
- transportar alimentos e panelas quentes
- passagem de artigos cortantes de um lado para o outro, pois tudo fica à mão
- transporte de utensílios de vidro que quebra
- queda de alimentos e líquidos ao piso, que causam quedas,
- têm tamanhos ergonômicos para as tarefas, que exigem esforço e tempo do cozinheiro
No começo as cozinhas planejadas eram confeccionadas em marcenarias artesanais, que faziam tudo sob medida. Hoje as grandes marcas já têm as partes prontas, o que permite:
- a produção em larga escala
- estoque e com isso
- entrega e a montagem mais rápidas
- preços mais baixos
As “partes” se chamam módulos, que são como caixas com prateleiras dentro ou prontas para receber gavetas. Quando a loja faz o projeto para orçamento, na verdade vai encaixando essas caixas de forma a montar a composição mais funcional para você, no espaço da sua cozinha. Se sobrar algum vãozinho entre as caixas e a parede, ele é escondido com fitas de laminado.
Depois você escolhe o acabamento das portas e gavetas, puxadores, acessórios internos como divisórias, cestos metálicos, divisores de talheres etc.
Essa é uma forma bem versátil de montar a sua cozinha planejada, pois as possibilidades de combinações são infinitas e fica fácil atender a sua necessidades!
Os materiais mais usado na estrutura dos planejados são as chapas MDF ou MDP. As duas são feitas com madeira de reflorestamento. A diferença basicamente é que o MDF é feito com fibras da madeira e o MDP com partículas de madeira. Nos dois casos o material é misturado a resinas e moldadas as chapas.
O MDP é mais barato e suas desvantagens são poucas na cozinha: não aceita cortes em curva, entalhes ou baixo relevo e “solta” os parafusos mais fácil. Mas para móveis de cozinha bem confeccionados, este detalhe só aparecerá depois de 10 anos de uso da sua cozinha, se aparecer.
Ainda há opções bem mais sofisticadas, como o inox que é muito mais duradouro, porém muito mais caro.
Já em termos de acabamento, as possibilidades são infinitas e cada vez mais aparecem novidades. Algumas ideias e tendências para as portas de armários e gavetas:
O momento ideal para você projetar sua cozinha planejada é antes da obra. Todo o sistema hidráulico e elétrico devem ser levados em conta para não ter que fazer gambiarras nem ter impedimentos técnicos depois.
Cheque os pontos que devem estar de acordo tanto no projeto do mobiliário quanto no da obra:
Veja AQUI dicas de tomadas que costumamos esquecer.
Inclusive de filtros de água e lavadora de louças!
Não deixe de conferir ESTE ARTIGO com decisões de iluminação da cozinha que devem ser tomadas ainda no projeto.
Como as bases dos armários, bancadas, nichos, e quaisquer outros elementos que precisam ser construídos.
A quantidade e disposição de pisos e azulejos precisam estar definidas antes da obra começar, para evitar contratempos na compra e no assentamento. Entenda AQUI a paginação dos pisos.
Se você reconhece as vantagens das cozinhas planejadas, mas ao fechar o projeto o orçamento está acima das suas possibilidades, há alguns truquezinhos que podem te ajudar a ajustar o valor total sem abrir mão da sua cozinha:
O número de módulos interfere diretamente sobre o preço. Basta entender que a cada encontro de dois módulos há duas “paredes” encostadas uma à outra. Ou seja: mais material. Prefira, por exemplo, dois módulos de 60cm a três de 40cm.
Seguindo a mesma lógica, cada porta trás consigo as dobradiças e o puxador. Tomando alguns cuidados, você poderá optar por uma porta de 60cm ao invés de duas de 30cm, que é mais comum.
Mas faça isso com cuidado: a porta larga ocupa espaço quando está aberta. Se for um armário superior e sua cozinha for estreita, ela poderá atrapalhar o transito das pessoas.
A vantagem dos acessórios é que você não precisa abrir mão deles, mas apenas adia-los. Cestarias internas, cabides para pano de prato, divisórias em gavetas… tudo isso pode ser adquirido quando seu bolso tiver se recuperado.
Em algumas marcas os puxadores custam pequenas fortunas. Não se envergonhe em escolher a linha mais econômica ou preferir comprar você mesmo em casas para marceneiros. Nada é mais fácil de trocar depois, e você mesmo!
Se você amou aquele acabamento mais caro, imitação de madeira ou vidro colorido, uma alternativa é usar apenas em alguns módulos e deixar o resto branco ou preto. O acabamento neutro da maioria dos módulos atribuirá até maior destaque àquele que você escolheu.
Como disse no começo, talvez nenhum outro ambiente da sua casa precise mais de funcionalidade, praticidade para realizar as tarefas inerentes à cozinha. Mesmo que sua cozinha não seja pequena, peço encarecidamente que você confira as dicas que dei a esse respeito NESTE ARTIGO antes de fazer seu projeto!
Uma cozinha planejada é muito mais que beleza e charme. Capriche no projeto tendo sempre em vista também que ela precisa ser funcional, prática e segura!
Por: Sua Casa sem Segredos
Fotos/ Créditos: todos direitos reservados aos responsáveis do site citado.
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Disponível em: http://suacasasemsegredos.com/cozinhas-planejadas-valem-a-pena-5-dicas-para-reduzir-custos/ | Acesso em: 03/12/2018 às 09h56.